quinta-feira, 29 de agosto de 2013

"círculo" 011

"Usualmente com propostas nada sutis, Alexandre surpreende agora pela delicadeza. Lindo de se ver" (Adélia Maria Lopes, jornalista)

Preparando o terreno para a exposição na Galeria Teix ("quanto um chapéu de palha" - 2° tempo de "quadrilátero do milho"), mostramos um pouco da trajetória artística da Heroína - Alexandre Linhares. A primeira exposição com o nome "Heroína - Alexandre Linhares" foi "círculo".

Em "círculo", mostro o quão vida de uma pessoa a sua veste é. A roupa que você usa conta a sua história, fala por você - e na exposição eu conto a trajetória de um alguém, em paralelo às 4 estações do ano e às 4 etapas da sua vida. Primeiro é a infância, a primavera e sua forma de vestir e sentir a vida, seguida por um verão adolescente, um outono adulto e uma velhice invernal, proporcionando o giro da roda, o circular de como as coisas são.
A "turnê" de "círculo" começou no Café do Top, no Shopping Mueller em 29.03.011 e seguiu para o The Kettle - Chá com Simpatia, em outubro do mesmo ano.
 


Adélia Maria Lopes, jornalista, escreveu sobre "círculo":
"Ele traça a passagem do homem pela terra, do nascimento à morte, em pequeninas camisetas, camisas e blusas, dispostas em cabides. Momentos significativos desse círculo da vida, o amor, a formatura, o casamento, estão todos ali descritos em corte e costura, bordados e texturas. Usualmente com propostas nada sutis, Alexandre surpreende agora pela delicadeza. Lindo de se ver."

 E segue com meu texto, também pertencente à exposição:

eu tenho participado, dia
após dia, da vida de
algumas pessoas. tenho me
formado, me casado, sido
madrinha, noiva ou noivo,
vezes dama, noutras a
outra - a quem ninguém ama.
tenho vestido pessoas,
personalidades e personagens.
tenho realizado sonhos - eu
tenho um sonho - e meu sonho
é sempre realizado pelas
mesmas pessoas das vidas
que eu tenho participado.
tenho visto que se as roupas
falassem, teríamos vezes
que lhes pedir segredo.
olhando para dentro do
guarda-roupas, vejo num filme
algumas recordações que um
pedaço de pano carrega, um
cheiro que, do algodão não
sairá. nem da cabeça. nem.
a roupa, como nosso invólucro
“obrigatório” - forçado - é
o que fica entre mim e tí.
ela fala sem que eu precise
abrir a boca. ela grita o
que nós acreditamos, as
batalhas às quais defendemos,
as mensagens que circulamos
quando nas mãos um papel.
ela é nossa voz. cantemos!
a exposição “círculo”, de
alexandre linhares - que
responde pela heroína -
vem nos levar a uma viagem
de lembranças e recordações
que podemos nos permitir
ter, apenas com um olhar
sobre o temos vivido e
experimentado, nessa nossa
vida claramente acertante.
um texto simples não fala
quase que nada, mas imagens,
estas sim, todas ladeadas
umas pelas outras, umas nas
outras, imagens que se
contribuem, objetos que se
constroem, imagens e objetos
que se co-habitam, se
co-completam, se cocoricam,
estas sim, podem lhe causar
emoção. emoção. palavra
emotiva! a história é
emotiva e nosso sangue, dado
pelo que acreditamos, tem
em sí algo de “hemo-alguma
coisa” também.
se na exposição você “se
ver”, então você terá
contribuído com o sonho que
tenho. se não, nos vemos
então por aí.



Fotos acima, exposição "círculo" no Café do Top | Shopping Mueller
Fotos abaixo, exposição "círculo" no The Kettle - Chá com simpatia


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