domingo, 2 de dezembro de 2012

Alexandre Linhares confirma identidade visual da marca Heroína

É fácil distinguir suas roupas, mesmo sem ver a etiqueta. - Leandra Francischett
No centro, o estilista Alexandre Linhares; Nereide Michel, coordenadora
do PBC, com roupa da Heroína; e a modelo transexual Maitê Schneider




Peças desconstruídas e abotoamentos fora do tradicional são algumas características de Heroína, de Alexandre Linhares, que atingiu o objetivo de todo estilista: ser identificado pelo seu trabalho. Vestidos amplos, sem marcação da cintura, comprimentos no joelho ou mais abaixo e texturas diferenciadas. Ele "brinca" com as costuras, com áreas dobradas e retorcidas. Alexandre não corre o risco de cair na mesmice ou de tornar uma coleção enfadonha, com impressão de "isso eu já vi".
Sua coleção inverno é inspirada nos cinemas de rua e, ao invés de música, o desfile contou com a narração de Alexandre, que falou sobre suas próprias experiências e sobre os cinemas de Curitiba, nos anos 1940.
O estilista valoriza a moda como expressão artística, sem perder o caráter comercial. Este é seu terceiro desfile no PBC. Em 2011, a marca desfilou a coleção "Deus", na qual abordou a criação. A trilha sonora era formada por gemidos de uma mulher no parto. No desfile de verão, apresentado no 6º PBC, em junho, o título foi "A coleção que discute a camisa de força" e agora fez praticamente uma continuação. Sua principal crítica é que "as pessoas seguem o fluxo e não analisam a história e a memória". Alexandre fala do "descolorimento" e da ruína causada pelo descaso da sociedade. 

Transexual
Seu trabalho valoriza as diversidades e no 7º PBC trouxe para a passarela a transexual Maitê Schneider como modelo principal.

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