quarta-feira, 12 de junho de 2013

um "fragmento de sim,sim,sim" no I Ornitorrinco – Modos Transitivos de Criação



 Alexandre Linhares integra o grupo de artistas do I Ornitorrinco – Modos Transitivos de Criação, uma iniciativa da Selvática Ações Artísticas em parceria com a Medusa Editora e Produtora. O festival tem por objetivo o diálogo entre artistas de diversas áreas do conhecimento e conta com curadoria geral de Eliana Borges, Gabriel Machado, Ricardo Nolasco e Ricardo Corona, num espaço de transição e de intercâmbio entre dança, artes visuais, teatro, literatura, música, performance e videoarte, no Teatro Novelas Curitibanas.

Com trabalho reconhecido como "arte vestível", Alexandre Linhares apresenta um "fragmento de sim,sim,sim" coleção de sua Heroína - Alexandre Linhares, de 010, composta de vídeo, performance, manifesto e peças em tecido. Com processo criativo autoral avesso à produção comercial de moda, em "sim,sim,sim" Alexandre Linhares ficou imóvel, vestido de noiva, no cruzamento entre a Avenida Visconde de Guarapuava e Alferes Poli, por 12 horas, entregue ao seu "fazer moda" de maneira como a mulher se entrega ao casamento. Durante este período, ficou "pensando" na coleção e convidou 13 artistas para fazerem o registro, cada um a seu modo, do que quer que acontecesse alí. Foram feitos desenhos, filmes, mosaico, áudio, fotografias e texto, e o que será apresentado no Teatro Novelas Curitibas no dia 13 de junho é uma edição alternativa, feita pelo Alexandre, do registro em vídeo do Grabriel Piovezan. O festival será feito de trabalhos que exibam uma impossibilidade de completar, de totalizar, de saturar uma única linguagem em termos de categoria. Um festival poroso e aberto a outros arranjos”, comenta Corona, poeta e um dos curadores do festival.

A Heroína - Alexandre Linhares contempla até agora 24 coleções (ou lotes) de arte vestível e 18 desfiles (sendo 3 deles no Paraná Business Collection e 1 na Mercedes-Benz Fashion Week, junto com a IC!Berlin, na Alemanha). Neste processo já referenciou Franz Kafka, Maria Bethânia, Christo e Jeanne-Claude, sempre questionando a produção massificada e o descaso com a cultura local. Todo o processo criativo de Alexandre Linhares é pautado em questões sociais e ambientais, avesso aos ditames da moda.


Na Mostra destacam-se os trabalhos do coletivo irlandês Exchange Dublin, Luana Navarro, Fernanda Magalhães, Guilherme Marks, Karen Debértoles e Alexandre Linhares, e uma mostra de poesia sonora.

A abertura do festival é dia 13 de junho às 20 horas no Teatro Novelas Curitibanas.


Foto: Luizo Cavet

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