Karla Keiko usa vestido de tule bordado com botões de madre-pérola, botões de acrílico e paetês em forma de dente, de "muitas cáries numa Boca Maldita" + calcinha feita com reaproveitamento de resíduo da indústria de maiôs, de "o rei está nu", tudo Heroína - Alexandre Linhares, em foto de Bruno Santos.
Fatos assim nos alegram: uma pessoa de verdade, que sente-se bem dentro da própria pele, trajando um estandarte que incita diálogos e reflexões, que extravasa o nosso tempo pelos poros e disposta a contribuir para uma curva no curso das coisas. Esta é Keiko, isso é Heroína!
A Keiko desfilou pra nós em "o rei está nu", veja tudo aqui:
A Heroína - Alexandre Linhares fica de portas abertas pra rua, na Al. Prudente de Moraes, 445, Curitiba - PR
Nosso trabalho discute sobre uma sociedade em ruínas, cega, o consumo e a voz velada, a relação corpo/sociedade, corpo/vestimenta, corpo/suporte, corpo/estandarte, corpo/invólucro. O registro, a memória, a relação com a mídia e a super-exposição dialogam com a busca pela preservação, o reaproveitamento de resíduos e a mensagem de que estamos no fim.
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