E como faltam 11 dias para o término, vamos comentar cada uma das 11 peças expostas:
frida e diego, camille e auguste, gabriele e vassili, niki e jean, jeanne-claude e christo, marina e ulay, jô e hamilton, yoko e john, björk e matthew, linda e paul, lee e jackson, jeanne e amedeo, fernande/eva/olga/marie-thérèse/dora/françoise/jacqueline e pablo, cher e sonny, courtney e kurt, malu e marcelo, gloria e tarcísio, fernanda e fernando, e nós
foto: Liliana Silveira
Esta não é a peça que fecha a exposição, nem a que abre. Poderia ser tanto a primeira quanto a última - ela sintetiza, não resume. Dois paletós, um masculino e um feminino, ambos de cânhamo, o dela com algodão. O bordado em fios de seda transpassa o "dar as mãos". Abotoados, como o encontro do falo com a entranha púbica. O botão está presente por várias das peças, o botão sintetiza o casal. Os dois paletós literalizam a parceria. São dois com o ideal comum da produção, por isso do sugestivo título com nomes dos casais que se contribuem artisticamente.
Um dos vieses da mostra é a agricultura familiar que se contrapõe à produção transgênica. Na agricultura familiar temos o casal que planta unido, que colhe unido, que tem um ideal comum. Esse pensamento abre a metáfora do plantio, do semear, que estamos trabalhando em "quadrilátero do milho", onde "quanto um chapéu de palha" é o segundo momento. O botão também pode ser assimilado à semente.
Expor este material na "Galeria Teix" tem um significado imenso pra mim e pra Heroína, pela galeria nos acolher e acreditar no nosso material como arte de fato, por enxergar o porquê de nossas peças serem feitas da maneira que elas são feitas e entender o nosso produto como um objeto com valor artístico e cultural à altura da arte contemporânea que ela se propõe representar.
"quanto um chapéu de palha", até 30 de setembro na Galeria Teix
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