Heroína vê a última sessão
Adélia Maria Lopes, Jornal Indústria e Comércio
A
convivência entre as diferenças, dos clássicos e modernos, da mão e a
máquina, e um não à apologia do individualismo e à prepotência contra o
bem público é defendida na passarela. No desfile da noite desta quinta
dia 8, Heroína - Alexandre Linhares, que faz sua estreia entre as marcas
oficiais do 7º Paraná Business Collection, contextualiza sua coleção de
inverno 2013 nesse protesto fashion, intitulado "última sessão".
O fim dos cinemas de rua é a metáfora da proposta, que resulta em 31
peças, todas de apuro artesanal e com um toque desconcertante,
provocador: o zíper em cruz, um desfiado a mais no cetim, uma fenda fora
do lugar, o veludo perde o viço, as cores desbotam-se – bordô pende
para o róseo e o dourado dá vez ao bege.
Alexandre Linhares e Thifany F.
A coleção masculina (sete looks) reflete o vandalismo e o ambiente urbano é simbolizado pelos tons de cimento, concreto, pedras e do verde que te quero verde.
A união dos diferentes se avista, por exemplo, no encontro harmônico
da seda costurada com malha e chita num mesmo vestido. Alexandre
Linhares, budista como sua esposa e parceira Thifany F., propõe uma moda
para a reflexão.
“A coleção não é para soar conforto. Quero demonstrar que há algo
errado na vida cultural e que precisamos pensar e reagir”, avisa.
E conta com a cumplicidade do músico César Munhoz na trilha sonora e
dos designers Alarcón, Lenina Bolsas e Letícia Utimer Acessori di Moda e Estilo Próprio Calçados.
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